Esta definição de cronista como o poeta do dia-a-dia (não sei quem é o autor da frase), me dá um certo consolo... Uma vez que sempre quis fazer poemas e nunca fui capaz. Ainda assim, gosto de contar histórias, mesmo nem sempre me vendo como poeta. histórias que sejam curtas e que agradem. E tenho muitas (talvez nem todas sejam agradáveis).
O dia-a-dia, por exemplo, nos dá inúmeras. E sobre diversos aspectos. Basta estar atento para observá-las e transformar o fato em narrativa. Inspiração é o que não faltam (e dentro de um mesmo tema).
Ontem mesmo: batida na porta! som de maçaneta! meldeus, quem pode ser? não havia resposta! só poderia ser um ladrão. corram todos! telefone em mãos... Era a Dora que se habituara a dormir dentro de casa no inverno...queria entrar.
Que poesia há nisto? Não sei! Deve ser a mesma que há na vida real de cada um. Só basta enxergar.
De qualquer modo, fica a dica: fechem sempre muito bem a porta.
Eu sei, eu sei... nada disso tem sentido né!? Tinha que ter?
Bom dia!
Sim, pode haver poesia no dia-a-dia. O problema é que as pessoas enxergam a poesia como algo idílico, com a presença de um eu lírico. Nada disso, poesia não é só inspiração, mas sim, observação e construção. E quem não observa os pequenos detalhes, as pessoas próximas ou não, não é poeta, não é cronista e sim, como afirma Charles Baudelaire, só mais um passante.
ResponderExcluirSim, existe poesia em cada pequeno acontecimento, porém poucas pessoas conseguem perceber e traduzir em palavras... Apenas os mais sensíveis.
ResponderExcluirAmei o post!
Bjs,
Lis