sábado, 11 de junho de 2011

Fêmeas à beira de um ataque de nervos



Uma casa com quatro mulheres e duas cadelas.
Já viu né!?
É sempre um falar alto, uma choradeira, os altos e baixos do humor controlados pelos hormônios.
E como afirmam estudiosos de comportamento animal, que os cães adquirem características de seus donos, nossas cadelas não poderiam ser diferentes: temperamentais, voluntariosas, brigas constantes, carentes e demonstrações públicas de carinho.
E o único macho que vem constantemente aqui, que é meu irmão, é disputado a tapas por todas as fêmeas.
Ele disse que é sorte não morar aqui.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

E se Nós, Humanos, fossemos cães?

• Antes de sair para nossas atividades, daríamos uma boa espreguiçada;

• Não precisaríamos de nada a mais que o necessário;

• Seriamos leais àqueles que nos alimentam e abrigam;

• Defenderíamos nosso espaço. E só o nosso espaço. Não invadindo o espaço do outro;

• Sentiríamos alegria nas coisas pequenas;
• Brincaríamos sem reservas;

• Amaríamos sem impor condições;

• Dormiríamos sem pressa. Principalmente após um dia de esforços;

• Não teríamos inveja;

• Confiaríamos mais em nossas intuições e instintos;

• Não teríamos preocupações. Só ocupações;

• Expressaríamos aquilo que sentimos que naturalidade e sem receios;

• Sentiríamos prazer em estar na companhia daqueles que nos querem bem;

• Aprenderíamos sempre algo novo, desde que nos ensinassem;

• Erros seriam valiosas lições;

• Amadureceríamos rapidamente;

• Seriamos mais felizes. E nem nos perguntaríamos o que vem a ser isto...

Sejamos mais Caninos e menos humanos!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Brrruuuuuu!

É inverno e por aqui no sul o frio é uma realidade. Realidade nem sempre tranqüila de se assimilar por um nordestino oriundo de Recife-PE.

Devo admitir que ter Estações é algo agradável. A idéia de que o frio dará lugar a clima mais ameno, seguindo de calor, por exemplo, me agrada. Fora isso, percebe-se a passagem do tempo de maneira mais intensa.

Cães, diferentemente dos humanos, controlam a temperatura interna de modo eficiente sem a necessidade de recobrimentos de tecidos tramados. Ainda assim, não deixamos (em analogia a nós mesmos) de colocar neles aqueles modelitos da hora. Se nos serve tão bem, por que não proporcionar isso a eles também?

Para eles é indiferente, dizem especialistas, já que não suam e têm cobertura natural sobre a pele. Ainda assim, roupas e acessórios cumprem seu papel: agrada a nós, Humanos!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lola, antes muda, hoje, B.O do vizinho








Lola é uma cadela apaixonante e irritante. Sim, muitos a amam outros a odeiam.

Ela apareceu sem querer na minha vida e hoje é minha pequena, meus olhinhos que tanto amo.


Eis sua história:

Eu morava em Florianópolis e a minha colega de apartamento, numa tarde, me perguntou se poderia ter um cão. Eu disse que sim, desde que ela cuidasse do animal, pois eu tinha pouco tempo livre e ela ficava boa parte do tempo em casa.

Fomos até uma ong. Aceitei a ideia com a condição de ter um cão adotado. Entre muitas carinhas lindas, eu havia estabelecido que teria que ser um cão pequeno, pois morávamos em apartamento.

Minha colega não gostou de nenhum cão e nem olhou com aquele olhar apaixonado como eu. Estava rendida, já queria levar para casa uns três ou quatro.

Nesse momento devia ter previsto que a história não teria um final feliz.

Ficamos com o telefone de uma protetora. Ligamos mais tarde e ela nos disse que levaria uma cadelinha que havia chegado a pouco tempo e estava se recuperando dos maus tratos. Combinamos na manhã seguinte.

Quando vi Dora (antigo nome de Lola) me apaixonei. Mas não quis demonstrar. Afinal a responsabilidade não seria minha.

Minha amiga eufórica quis ficar sem questionar. Aceitei. Assinado os papéis de adoção, aquela que seria a dona da Lola, recusou a posse.

Desde então cuidei da Lola enquanto minha colega pagava as despesas. Era essa a responsabilidade dela.
Claro que Lola se afeiçou a mim, era meu colo que queria. De fato eu era a "mãe da Lola".

Após passeios, meses e meses de carinho eu não ouvia um ganido da Lola. Levei-a várias vezes ao veterinário e nada foi diagnosticado. Lola tomou até floral, frequentava hotéis caninos e fez adestramento para se sociabilizar e quem sabe emitir um latido e nada resolveu.
Eu tive que me mudar para São Paulo e a "tal dona da Lola" já havia abandonado o barco. Como resolver?

Não podia levá-la, pois iria morar com família de namorado e eles tinham cão.

Lola ficou com minha mãe com a propaganda de que era uma cadela super dócil, ficava na caminha, comia pouco e não iria promover transtorno algum.

Para minha surpresa Lola começou a latir e latir... e latir... até minha mãe abrir a caixa do correio e ver um bilhete do vizinho ameaçando fazer um B.O se nada fosse feito para a cadela "calar a boca".

Ela foi se acalmando. Hoje é a vigilante da casa.

Há pouco mais de dois anos Lola ganhou uma irmã adotada tb. Mas quem dá as ordens na casa é a nossa linda Lola.







Romance canino

Esta história se passa em um tempo em que os romances eram arranjos que obedeciam a conveniência, não entre o casal, mas sim entre os pais. Neste tempo, os indivíduos não possuíam a liberdade para escolherem livremente seus pretendentes. Neste tempo e cultura, o pai da noite era levado a ofertar um dote ao pai do noivo, para assim, assegurar um futuro próspero para sua filha e netos.

O pai da noiva escolheria acertadamente? Ela (a filha) aceitaria de bom grado este noivo? Haviam muitas coisas envolvidas: família, linhagem, perspectivas futuras melhores, etc.

Mas e quando a opinião dos noivos? Neste tempo não tinham voz. Haviam de torcerem para que seus pais fizessem a melhor escolha. O futuro deles dependia desta escolha. Ela, vinda de uma linhagem reconhecida. Ele também. Daria certo? Seria mais uma destas tragédias tantas vezes encenadas? A união seria duradoura? Seus descendentes saudáveis? Somente o encontro entre as partes poderia responder a estas perguntas!

Para encontrar-se com seu pretendente, a donzela teve que percorrer cidades e até atravessar o oceano para encontrar seu destino já traçado. E lá ela ficaria...

pelo menos por um tempo, pois o romance, conforme esperado nos clichês da vida moderna, não duraria. Passado algum tempo na companhia de seu noivo, Dora retorna para casa, junto a companhia de sua querida família.

Esta história baseia-se em fatos reais e se passou há trinta dias atrás. Dora saiu de Itajaí e foi até a Ilha de Santa Catarina (Florianópolis) Para encontrar-se com Hércules, o macho da mesma raça. Esta semana irei verificar se esta união rendeu frutos.



Esse aí é o Hércules, do Golden Garden:
http://goldengarden.com.br/site/

domingo, 5 de junho de 2011

Liberdade

Hoje, aqui em casa, entrou um beija-flor na cozinha. Contei dos perigos da presença de tal animal, com seu pico e velocidade (que nem sei se é verdade). Ninguém quis entrar na cozinha, local em que ele se encontrava. Assim sendo nossa liberdade foi, de certo modo, limitada.

E quanto ao animal? Mesmo com a porta aberta, não conseguia sair. Também estava com a liberdade limitada. E mais! Correndo risco de morrer, já que sua energia e saúde iam se esgotando enquanto, em vão, dava cabeçadas na parede ao tentar sair e fugir do falso perigo que éramos nós.

Já os cães ficaram amarrados durante toda a operação.

Depois de longo esforço, ele desceu e pude capturá-lo e levá-lo para fora. Estávamos livres. Nós, com acesso à cozinha. E ele, com acesso ao céu!

Dias de sol

Dias de sol são ótimos para se passear. No frio, é possível estar sem se preocupar. Descansar sem pressa, quietar sem querer muito mais. E alguém já falou que a felicidade está em amar tudo aquilo que tem sem lastimar por todo o resto que não possui.

O que possuo: um dia sem ter obrigações; onde posso escolher, dentro de certas limitações, com quem e onde desejo estar; com saúde para se estar; pessoas e cães para amar; coisas para usar...

O que não possuo: todo resto.

Há mais coisas que não tenho do que aquelas que tenho. Hoje vou escolher apreciar mais aquilo que tenho.

Os cães me ensinam que não é preciso muito mais que comida, boa companhia e tempo de estar com quem se gosta para ser feliz. Nós que criamos necessidades por sermos humanos. Ainda bem que é assim! a insatisfação é a mãe da evolução. Não necessariamente da felicidade!

E Hoje é Domingo. Só precisamos ser felizes.