quinta-feira, 10 de maio de 2012
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Dia qualquer - perspectiva canina
Sol nasceu. Mais um dia.
Porta se abre. Dono - Blaeuui ahhh. Huul. áaaa ei ouuuuuu ounnnnn ounnnn aaaunnnnn.
Acho graça e abano o rabo. Ele me acaricia. Gosto. Também estou feliz por que é nessa hora que este Ser de outra espécie (que não faço a menor idéia de como pensa ou o que o move) me alimenta. Agora já dou pulos de alegria, minha fome será saciada. Não sei porque, mas ele gosta que eu sente antes de entregar a ração - ele deve ter aprendido esse truque em algum programa de TV - assim sendo tão logo me sento.
Estou devorando minha refeição. Ops. Acabou. Deito-me apenas. Olho a rua apenas. Brinco apenas. A vida para mim é o agora. Não me arrependo do passado ou preocupo com o futuro.
Dono saindo. Já vi essa cena antes. Será? Vou até o portão. Ele faz carinho. Ele foi. Agora vou fazer outra coisa. Não penso nisto, faço.
Estou descansando. Tem certa hora do dia em que sempre faço isso. É quando o calor tá intenso. Dono chega. Faz carinho. Brinca um pouco. Depois entra no seu mundo. Permaneço no meu (acho que chamam quintal).
Depois disso simplesmente sai. Retorna num outro momento. É quando me alimenta novamente. Fico feliz. Mas não penso nisso. Não busco isso. Aceito as coisas como são. Aceito minha condição. Sol se põe. Fim de mais um dia. Agora posso voltar a ser eu. posso voltar a ser cão, sem qualquer tipo de humanização.
Essa minha vida é de cão.
Porta se abre. Dono - Blaeuui ahhh. Huul. áaaa ei ouuuuuu ounnnnn ounnnn aaaunnnnn.
Acho graça e abano o rabo. Ele me acaricia. Gosto. Também estou feliz por que é nessa hora que este Ser de outra espécie (que não faço a menor idéia de como pensa ou o que o move) me alimenta. Agora já dou pulos de alegria, minha fome será saciada. Não sei porque, mas ele gosta que eu sente antes de entregar a ração - ele deve ter aprendido esse truque em algum programa de TV - assim sendo tão logo me sento.
Estou devorando minha refeição. Ops. Acabou. Deito-me apenas. Olho a rua apenas. Brinco apenas. A vida para mim é o agora. Não me arrependo do passado ou preocupo com o futuro.
Dono saindo. Já vi essa cena antes. Será? Vou até o portão. Ele faz carinho. Ele foi. Agora vou fazer outra coisa. Não penso nisto, faço.
Estou descansando. Tem certa hora do dia em que sempre faço isso. É quando o calor tá intenso. Dono chega. Faz carinho. Brinca um pouco. Depois entra no seu mundo. Permaneço no meu (acho que chamam quintal).
Depois disso simplesmente sai. Retorna num outro momento. É quando me alimenta novamente. Fico feliz. Mas não penso nisso. Não busco isso. Aceito as coisas como são. Aceito minha condição. Sol se põe. Fim de mais um dia. Agora posso voltar a ser eu. posso voltar a ser cão, sem qualquer tipo de humanização.
Essa minha vida é de cão.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Dia qualquer
Foi um dia mesmo destes de cão. Tal qual cachorro magro que chega em festa, fiz cara de dó pedindo atenção - sabe aquele olhar de dó, olhar de cachorro pedindo comida. E não é que a compaixão despontou! Recebi as migalhas da atenção e me pus no meu canto. Havia muito a ser feito.
Um falano qualquer rosna alto demais na sala ao lado. Cão que ladra não morde, mas que incomoda, incomoda. Não me faço de rogado, obstruo os ouvidos com fone e música. Volto ao trabalho, a ração de cada dia tem que ser paga.
O chefe ta fora e a matilha faz a festa. Pelo ronco da barrida a hora do almoço se aproxima. Viro o cão chupando manga e encerro os relatórios. Deu minha hora. Saiu babando pro almoço. Todos tem a mesma ideia ao mesmo tempo.
É uma a hora do almoço. Uma só. sem direito a cochilo depois da cesta. Naquela hora do dia, quente, onde a maioria das criaturas dormem, poupam energia. Briga de cachorro grande manter os olhos abertos. Agora é só ter paciência, só faltam mais 4 horas para o final do serviço.
Opa. Acabou. Casa. Alegria. Mas antes tem atividades domésticas. Beijo os cachorros. Chuto a mulher. Acendo o quintal. Limpo as luzes. Acho que preciso parar um pouco. Desacelerar. Já sei, vou assistir TV! Boa noite! Acidente de transito mata (zap) Artolfo eu te amo! não me deixe! (zap) eu quero tcha, eu quero tchu eu quero (zap) Pronto. Já relaxei. Vou alimentar os cães.
Que dura essa vida de Humano.
Um falano qualquer rosna alto demais na sala ao lado. Cão que ladra não morde, mas que incomoda, incomoda. Não me faço de rogado, obstruo os ouvidos com fone e música. Volto ao trabalho, a ração de cada dia tem que ser paga.
O chefe ta fora e a matilha faz a festa. Pelo ronco da barrida a hora do almoço se aproxima. Viro o cão chupando manga e encerro os relatórios. Deu minha hora. Saiu babando pro almoço. Todos tem a mesma ideia ao mesmo tempo.
É uma a hora do almoço. Uma só. sem direito a cochilo depois da cesta. Naquela hora do dia, quente, onde a maioria das criaturas dormem, poupam energia. Briga de cachorro grande manter os olhos abertos. Agora é só ter paciência, só faltam mais 4 horas para o final do serviço.
Opa. Acabou. Casa. Alegria. Mas antes tem atividades domésticas. Beijo os cachorros. Chuto a mulher. Acendo o quintal. Limpo as luzes. Acho que preciso parar um pouco. Desacelerar. Já sei, vou assistir TV! Boa noite! Acidente de transito mata (zap) Artolfo eu te amo! não me deixe! (zap) eu quero tcha, eu quero tchu eu quero (zap) Pronto. Já relaxei. Vou alimentar os cães.
Que dura essa vida de Humano.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Fidelidade canina
Publicação ao estilo que aprecio. Com pesquisa, imagens, texto e ordenamento criativo. Parabéns ao criador.
fidelidade canina
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