terça-feira, 8 de maio de 2012

Dia qualquer

Foi um dia mesmo destes de cão. Tal qual cachorro magro que chega em festa, fiz cara de dó pedindo atenção - sabe aquele olhar de dó, olhar de cachorro pedindo comida. E não é que a compaixão despontou! Recebi as migalhas da atenção e me pus no meu canto. Havia muito a ser feito.

Um falano qualquer rosna alto demais na sala ao lado. Cão que ladra não morde, mas que incomoda, incomoda. Não me faço de rogado, obstruo os ouvidos com fone e música. Volto ao trabalho, a ração de cada dia tem que ser paga.

O chefe ta fora e a matilha faz a festa. Pelo ronco da barrida a hora do almoço se aproxima. Viro o cão chupando manga e encerro os relatórios. Deu minha hora. Saiu babando pro almoço. Todos tem a mesma ideia ao mesmo tempo.

É uma a hora do almoço. Uma só. sem direito a cochilo depois da cesta. Naquela hora do dia, quente, onde a maioria das criaturas dormem, poupam energia. Briga de cachorro grande manter os olhos abertos. Agora é só ter paciência, só faltam mais 4 horas para o final do serviço.

Opa. Acabou. Casa. Alegria. Mas antes tem atividades domésticas. Beijo os cachorros. Chuto a mulher. Acendo o quintal. Limpo as luzes. Acho que preciso parar um pouco. Desacelerar. Já sei, vou assistir TV! Boa noite! Acidente de transito mata (zap) Artolfo eu te amo! não me deixe! (zap) eu quero tcha, eu quero tchu eu quero (zap) Pronto. Já relaxei. Vou alimentar os cães.

Que dura essa vida de Humano.

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